Em 2018 a economia Portuguesa continuou o seu momentum positivo com as estimativas a apontar para um crescimento de 21% do PIB.
O ano ficou marcado por nível record de queda da taxa de desemprego e um aumento significativo nos gastos públicos.
O setor imobiliário atingiu um novo record com investimentos de quase €3.000 milhões de euros. O investimento estrangeiro foi principalmente Europeu (92%). O setor do retalho foi o mais procurado, representando quase 50% do montante total investido.
Espera-se que o crescimento continue em 2019 e 2020, estimulado pelas exportações e investimento estrangeiro.
O mercado RESIDENCIAL continuou a mostrar-se muito atrativo ao longo de 2018, apresentando significativos aumentos no preço médio das casas. Apesar de tudo, este efeito foi menos pronunciado em Lisboa (16%) que no Porto (32%). O preço médio das casas foi em Lisboa de 4.494€/m2 e no Porto de 2.693€/m2.
Para 2019 espera-se que a procura por ESCRTÓRIOS se mantenha forte, com Lisboa a manter uma posição de liderança e destino preferido por multinacionais que aqui querem estabelecer os seus serviços. Contudo a capacidade de resposta do mercado irá ser limitada pela falta de espaços disponíveis, com níveis de absorção esperados para este anos entre os 35% e os 40%. A combinação desses fatores manterá o crescimento das rendas, em todas as zonas do mercado, com valores que deverão subir até 10% nas zonas prime. A área transacionada em 2018 foi de 206.500 metros quadrados na Grande Lisboa (c/ 6,6% disponíveis) e 80.000 m2 no grande Porto (c/ 7,3% disponíveis).
O RETALHO em localizações prime mantém uma forte dinâmica no centro das cidades de Lisboa e Porto, agora estendendo-se também para outras áreas outrora pouco turísticas. Espera-se um aumento de 5% na renda prime, que agora é de 135€/m2 no Chiado, a 33ª localização mais cara do mundo, apesar dos 50.000m2 novas aberturas a que assistimos em Lisboa no ano passado.
Nos HOTÉIS, após vários anos de crescimento de dois dígitos, o setor de turismo começou a mostrar sinais de calma. O número de turistas em Portugal em 2018 foi de 21 milhões, apresentando um crescimento de 1,7% face ao ano anterior. No entanto, as receitas hoteleiras registaram um crescimento significativo de cerca de 6%, atingindo os 3,6 mil milhões de euros, com os 57,6 milhões de dormidas. Lisboa continua a consolidar a sua posição internacional no setor do turismo, como uma capital europeia “obrigatória” a visitar, registrando novos recordes ano após ano. Isso torna o setor um dos mais procurados para o mercado imobiliário local e uma porta de entrada para um número crescente de marcas de hoteleiras internacionais.
O sector INDUSTRIAL & LOGÍSTICO foi, uma vez mais, o sector menos dinâmico do mercado imobiliário português. Apenas 137.000m2 foram negociados em 2018. No entanto, durante o ano passado, vários fabricantes anunciaram a sua intenção de expandir ainda mais a sua atividade em Portugal, apoiando uma perspectiva mais positiva para o futuro. Espera-se que permaneça estável a renda prime (3,5€/m2/mensais), com as áreas disponíveis a diminuirem para 6,5%.
Por todas estas razões, sustentado por fundamentais sólidos e mantendo uma procura robusta, o mercado imobiliário português será impulsionado por uma forte dinâmica, prevendo-se um desempenho positivo em todas as frentes.
Fontes: CBRE, Cushman & Wakefield, JLL, Confidencial Imobiliário, Iberian Property, INE, BdP, Observatorio Turismo de Lisboa